Abrahão Ribeiro - Foz do Iguaçu - PR,
“Erradicando o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, a Doutrina Espírita faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os prejuízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir como irmãos”. (Questão 799 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec)
No transcorrer do século XX houve um grande progresso de ordem material na civilização terrestre. A Ciência multiplicou-se em vários segmentos beneficiando a vida moderna, e melhorou consideravelmente o bem estar da humanidade.
O Homem estudou a estrutura do átomo conhecendo os elementos químicos da matéria, descobriu a eletricidade, beneficiou o petróleo, e deu um avanço grandioso nas invenções tecnológicas.
Transpôs os espaços astrais, montou satélites orbitais de grande potência sondando o infinito e estabeleceu a comunicação instantânea entre as regiões terrestres, e já imagina conhecer de perto os demais planetas do sistema solar.
Construiu aparelhos fantásticos capazes de reduzir distancias entre os continentes interligando os povos em questões de minutos – a aviação, a televisão, o telefone, a computação são exemplos notáveis.
Descobriu a causa de enfermidades por muito tempo consideradas malignas.
Alcançou sucesso no conhecimento de vacinas que eliminam vírus que proliferam pestes, e que aniquilavam coletividades em épocas remotas.
Embora todo progresso cientifico alcançado na vida externa de relacionamento, a humanidade não conseguiu ainda olhar para dentro de si mesmo, e priorizar problemas fundamentais no plano consciencial de auto-iluminação:
Conscientizar-se nos sentimentos universais do Cristo...
Aperfeiçoar o psiquismo a fim de trabalhar a sua imortalidade plena;
Vencer o medo da morte como passagem para o nada...
Superar a intolerância, a tristeza, a depressão, a dor, os transtornos psicológicos;
Solucionar necessidades sociais que promovem o sofrimento de crianças marginalizadas e que sucumbem em tenra idade desorientadas e carentes de benefícios básicos vitais à sustentação, à saúde, à educação, ao desenvolvimento humano em várias regiões dos países considerados pobres.
Apesar dos povos terem realizado vários progressos na busca de melhorar a qualidade de vida; de urbanização; de saneamento; de aperfeiçoamento na produção agro-industrial; de descobertas científicas maravilhosas; e de modernos inventos de uso doméstico... A humanidade não conseguiu extinguir a criminalidade que cresce na sociedade; superar o preconceito; minimizar as desigualdades das classes; solidarizar-se para exterminar a miséria; e evitar os flagelos de toda ordem que parecem castigar muitas regiões do planeta.
Quando governantes de povos que se julgam supercivilizados não respeitam a Organização das Nações Unidas, e em nome do poder que desejam manter como supremacia, utilizam então todo conhecimento tecnológico que desfrutam e esmagam assim outros povos menos instruídos com o fim da exploração econômica – é motivo de manifesto popular de indignação.
Mas o que choca a razão da sociedade, não é somente a movimentação de guerra com tecnologia sofisticada entre as nações pela soberania do poder. E sim, também diversos fatos que abalam o sentimento de racionalidade:
Ameaças de atentados terroristas causam pânicos em vários países;
O receio que recalca a população nos grandes centros de sair às ruas e sofrer um ato de violência, não pode ofuscar a chama da esperança que deve brilhar em cada um de nós de mudar esse quadro social para melhor.
Urge iniciar os jovens nas questões da imortalidade plena: o que somos, donde viemos, porque estamos no planeta Terra, despertando o sentimento de responsabilidade na sua mente juvenil, e incentivando-lhes a coragem para o estudo, a cultura, o esporte, o lazer com sobriedade, para no futuro não vê-los sofrer com os desgostos dos círculos viciosos da animalidade, dos impulsos agressivos, dos arrastamentos à criminalidade... E querer então regenerá-los sob o peso da dor. É útil o ensinamento evangélico: educa os desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor e a paz... (II Timóteo 2. 22)
Por outro lado, como aprovar a liderança social por pessoas altamente instruídas, as quais desfrutam o direito de representação até perante o Estado, mas que não cumprem com pontualidade seus deveres para com o bem comum. Pois quando galgam a esfera do poder afundam-se na lama das corrupções.
Enquanto muitos exigem mais construções de prisões e até de segurança máxima para corrigir o indivíduo transgressor. Outros reclamam a necessidade de edificar modernos hospitais para socorrer o enfermo.
- Até quando, as nossas esperanças de paz ficam apenas no plano das idealizações? Se temos receio do futuro que nos aguarda.
O que adiantaria somente criticar a falta de segurança, se na intimidade de nosso lar, diante de nossos filhos menores quantas vezes temos o prazer de assistir pela televisão, em horário impróprio, novelas, filmes que dramatizam cenas de maldade e violência e que acabam influenciando inconscientemente as nossas crianças. O mal é sempre o mal e tem efeito imprevisível, não merece propagação.
Não temos a pretensão de repassar aula de moralidade para quem quer que seja. Mas, fato real é, que o germe da violência vem ao longo dos séculos sendo um impulso mau na personalidade humana, e que carece de educação, para que se transmute em sentimento de caridade e respeito ao próximo. Quando os povos não conheciam a metralhadora, o fuzil, os explosivos... A sociedade com expressões de alegria já aniquilava o próximo utilizando o apedrejamento; no tempo da barbárie era costume arrastar pessoas atadas nas caudas de cavalos até que elas sofressem a morte súbita; com o passar das eras liberou o martírio da cruz;
com festas em Roma sancionou a crueldade nos circos das feras; por muitos séculos na idade média o flagelo da fogueira foi dogma de conversão religiosa, e por pessoas que se consideravam representantes da divindade; os duelos mortais entre espadachins meio legítimo de lavar a honra; o horror da guilhotina a solução para justificar a liberdade;
o tronco do suplício na era colonial, processo punitivo legal para intimidar a quem fugisse dos trabalhos escravos; nos tempos atuais os campos de concentração para infernizar o psicofísico de prisioneiros de guerra - laboratório dos sentimentos malignos.
O foco da violência não se concentra somente na condição social do indivíduo: falta de escola, falta de cultura, ter baixa renda... Pois quem projeta a industrialização do material (armas e munições) que desfecha a violência no mundo, naturalmente cursou escola, é diplomado, tem status social, são pessoas intelectualmente desenvolvidas...
Este vem sendo o cenário do nosso mundo, o planeta Terra, ao longo da sua evolução. E todas essas aflições que, infelizmente, ainda mancham a sociedade humana é de impactar a razão e de questionarmos, o por quê?
Por que tanta miséria moral diante de grande conhecimento intelectual?
A resposta é simples e raciocinada, o Espírito de verdade - Consolador que viria esclarecer todas as coisas em nome da doutrina do Cristo, revela: "o planeta Terra, na hierarquia dos mundos habitados, é um mundo de provas e expiações. Destinação da Terra – causas das misérias humanas - Evangelho Segundo o Espiritismo, obra de Allan Kardec – capítulo III, item 6: “Há muitas moradas na Casa do Pai”. E para avaliarmos a grandeza da vida no contexto cósmico, temos que compreender que a existência não se restringe unicamente ao nosso orbe. E que a sanidade das imperfeições morais dos seres humanos, é impossível solucionar em uma única etapa existencial.
http://vozqclamabr.blogspot.com.br/2014/03/educacao-espiritual-ceus.html
do livro: C É U S
autor: Abrahão Ribeiro
Intensivo de Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
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