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quinta-feira, 20 de março de 2014

DIFERENÇAS ENTRE ESPÍRITO, PERISPÍRITO E ALMA

Lu Bandesh


O Espiritismo ensina-nos que a ALMA  é um Espírito encarnado, sendo o corpo tão-somente o seu envoltório. Há, assim, no homem três coisas: o CORPO ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; a ALMA  ou ser imaterial, ESPÍRITO ENCARNANDO O CORPO ; e o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito, a que Kardec deu o nome de PERISPÍRITO.
O homem é dotado, pois, de duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos animais, cujos instintos lhe são comuns; pela alma, participa da natureza dos Espíritos. O laço ou perispírito, que prende ao corpo o Espírito, é uma espécie de envoltório semimaterial. A morte é a destruição do invólucro mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo, que lhe constitui um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode tornar-se acidentalmente visível e mesmo tangível, como sucede no fenômeno das aparições.
As primeiras informações sobre os Espíritos podem ser vistas nas questões 76 a 78 d´O Livro dos Espíritos, adiante reproduzidas:
76. Que definição se pode dar dos Espíritos? “Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material.”
77. Os Espíritos são seres distintos da Divindade, ou serão simples emanações ou porções desta e, por isto, denominados filhos de Deus? “Meu Deus! São obra de Deus, exatamente qual a máquina o é do homem que a fabrica. A máquina é obra do homem, não é o próprio homem. Sabes que, quando faz alguma coisa bela, útil, o homem lhe chama sua filha, criação sua. Pois bem! O mesmo se dá com relação a Deus: somos seus filhos, pois que somos obra sua.”
78. Os Espíritos tiveram princípio, ou existem, como Deus, de toda a eternidade? “Se não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, quando, ao invés, são criação sua e se acham submetidos à sua vontade.”
Com relação ao vocábulo perispírito, o tema apareceu pela primeira vez nas questões 93 a 95 da mesma obra, que adiante transcrevemos:
93. O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns, está sempre envolto numa substância qualquer?
“Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira.”
94. De onde tira o Espírito o seu invólucro semimaterial? “Do fluido universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos. Passando de um mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.”
a) Assim, quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm ao nosso meio, tomam um perispírito mais grosseiro? “É necessário que se revistam da vossa matéria, já o dissemos.”
95. O invólucro semimaterial do Espírito tem formas determinadas e pode ser perceptível?  “Tem a forma que o Espírito queira. É assim que este vos aparece algumas vezes, quer em sonho, quer no estado de vigília, e que pode tomar forma visível, mesmo palpável.”
Sobre o perispírito seria interessante consultar um dos textos publicados na edição 90 desta revista - O CONSOLADOR
A natureza do perispírito guarda relação com a evolução da pessoa
1. O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é uma condensação do fluido cósmico em torno da alma. O corpo físico, ou carnal, resulta de uma maior condensação do mesmo elemento, fato que o transforma em matéria tangível. 
2. Embora tenham origem comum, que é o fluido cósmico, as transformações moleculares são diferentes nesses dois corpos, resultando daí ser o perispírito etéreo e imponderável. Ambos são, portanto, matéria, mas em estados diferentes. Conforme ensina o ministro Clarêncio, da colônia espiritual "Nosso Lar", o corpo perispiritual é constituído à base de princípios químicos semelhantes, em suas propriedades, ao hidrogênio, a se expressarem através de moléculas significativamente distanciadas umas das outras (Entre a Terra e o Céu, cap. XXIX).
3. O Espírito forma seu envoltório perispirítico com os fluidos retirados do ambiente em que vive. Como a natureza dos mundos varia conforme o seu grau de evolução, será maior ou menor a materialidade dos corpos físicos dos seus habitantes. O perispírito guarda relação, quanto à sua composição, com esse grau de materialidade. Admitindo-se que um Espírito emigre da Terra, aí ficará o seu envoltório fluídico, porquanto o Espírito precisa tomar um outro envoltório fluídico apropriado ao planeta em que passará a viver.
4. A natureza do envoltório fluídico guarda sempre relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. À condição moral do Espírito corresponde, por assim dizer, uma determinada densidade do perispírito. Maior elevação, menor densidade fluídica. Maior inferioridade, maior densidade, isto é, perispírito mais grosseiro, com maior condensação fluídica. É claro que, apesar de mais densos, os envoltórios fluídicos mais grosseiros continuam imponderáveis. 
Cada perispírito tem uma densidade, um peso específico próprio .
5. No cap. XIII da obra acima citada, Clarêncio assevera que o veículo espiritual é, por excelência, vibrátil e se modifica profundamente, segundo o tipo de emoção que lhe flui do âmago. Como ninguém ignora, em nosso próprio meio a máscara física altera-se na alegria ou no sofrimento, na simpatia ou na aversão. No plano espiritual, semelhantes transformações são mais rápidas e exteriorizam aspectos íntimos do ser, com facilidade e segurança, porque as moléculas do perispírito giram em mais alto padrão vibratório, com movimentos mais intensivos que as moléculas do corpo carnal. 
6. Pode-se, assim, dentro da relatividade das coisas, admitir um peso específico para o perispírito. Os de maior peso específico chumbam os Espíritos às regiões inferiores, impossibilitando-lhes o acesso a planos mais elevados e, por isso mesmo, o ingresso em mundos de maior elevação espiritual. A acentuada densidade do perispírito de grande número de Espíritos leva-os a confundi-lo com o corpo material que utilizaram durante sua última encarnação. Esse é um dos motivos que levam muitos a se considerarem ainda encarnados e a viverem na Terra, imaginando-se entregues a ocupações que lhes eram habituais.
7. O perispírito dos Espíritos superiores, de reduzido peso específico, confere-lhes uma leveza que lhes permite viver em planos mais elevados e deslocar-se a outros mundos. Eles podem, evidentemente, descer aos planos inferiores e, dada a sutileza do seu envoltório, não serão percebidos pelas entidades desencarnadas inferiores.
8. Quando encarnado, o Espírito mantém o envoltório perispirítico, constituindo o corpo material um segundo envoltório, mais grosseiro, apropriado ao meio físico em que vive. O perispírito serve, em tal situação, de intermediário entre a alma e o corpo. É o órgão de transmissão de todas as sensações, quer partam do Espírito, quer venham do exterior, através do corpo físico. Devido ao estado grosseiro da matéria, os Espíritos não podem agir diretamente sobre ela. Fazem-no, então, por meio do seu perispírito. Os fluidos perispiríticos constituem-se, dessa forma, sob a ação da vontade, em verdadeiras alavancas que lhes permitem produzir ruídos, pancadas, deslocamentos de objetos etc.
A matéria não oferece obstáculo algum ao perispírito e aos Espíritos
9. Em condições normais, o perispírito é invisível, mas pode tornar-se visível em razão das modificações que venha a experimentar pela ação da vontade do Espírito. Essas modificações consistem numa espécie de condensação ou em novos arranjos das moléculas que o compõem, mas isso requer a existência de certas circunstâncias que não dependem apenas do Espírito. Para tornar-se visível a alguém, ele precisa de permissão, que nem sempre lhe é dada.
10. Nas aparições, o perispírito apresenta-se comumente com aspecto vaporoso e diáfano. De outras vezes, tem as formas delineadas e os traços bem nítidos, podendo apresentar a solidez de um corpo físico, isto é, tangível, o que não o impede de retomar instantaneamente o estado normal de invisibilidade e intangibilidade.
11. A matéria – tal como a conhecemos em nosso mundo – não oferece obstáculo algum ao perispírito, porque a condição etérea do corpo espiritual lhe confere a propriedade de penetrabilidade. Ele atravessa a matéria como a luz atravessa os corpos transparentes. Eis por que portas e janelas fechadas não impedem que ali penetrem os Espíritos.
12. Como já foi dito, é das camadas de fluidos espirituais que envolvem a Terra que os Espíritos formam o seu envoltório perispirítico. Esses fluidos não são homogêneos; por isso, conforme seja mais ou menos depurado o Espírito, seu perispírito se formará das partes mais puras ou mais grosseiras do fluido peculiar ao planeta em que vai se encarnar. Nesse processo, o Espírito atrai automaticamente as moléculas que se afinam com o seu padrão vibratório.
13. Não é, pois, idêntica a constituição íntima do perispírito dos indivíduos que povoam a Terra e o espaço que a circunda, fato que não se dá com o corpo material, formado pelos mesmos elementos, independentemente da elevação espiritual das pessoas. O envoltório perispirítico dos Espíritos modifica-se com o progresso moral que eles realizam em cada existência, ainda que reencarnem no mesmo meio. Assim, os Espíritos superiores, mesmo quando reencarnem em mundos inferiores, terão perispírito menos grosseiro do que o perispírito dos Espíritos vinculados, devido ao seu nível evolutivo, a esses mundos.
 
FONTE - O CONSOLADOR

https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/vidaspassadasbr/conversations/messages/224

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