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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Acho que deveríamos seguir o Kardec Total

Creio que muita gente, até mesmo sem ler, vai considerar este texto apenas como mais uma “polêmica”, posto que a preguiça mental prefere ficar no comodismo que exercitar a inteligência para se aprofundar nos assuntos. Vamos lá.
Eu vou colocar aqui um texto de “O Livro dos Médiuns”, questão 333, do capítulo 29, de autoria do próprio Allan Kardec, para em seguida discorrer sobre ele.

Capítulo xxix
GRUPOS E SOCIEDADES ESPÍRITAS

333. Existe ainda uma outra condição não menos necessária; trata-se da regularidade das reuniões.
Em todas, existem sempre Espíritos que se poderiam chamar de habituais, e nós não entendemos por essa denominação os Espíritos que se encontram por toda a parte e se misturam em tudo; são ou os Espíritos protetores, ou os que a gente interroga o mais freqüentemente.
Não se creia que tais Espíritos não tenham outra coisa para fazer além de nos escutar; eles têm suas ocupações e podem, de resto, encontrar-se em condições desfavoráveis para serem evocados.
Quando as reuniões acontecem em dias e horários fixos, eles se dispõem de conformidade, e é raro que faltem. Existem mesmo os que exageram na pontualidade; eles se melindram com um quarto de hora de atraso, e, caso eles mesmos tenham assinalado o momento de uma reunião, a gente os chamará em vão alguns minutos mais cedo.
Acrescentemos, todavia, que, se bem que os Espíritos prefiram a regularidade,os que são verdadeiramente superiores não são meticulosos a tal ponto. A exigência de uma pontualidade rigorosa é um sinal de inferioridade, como tudo o que é pueril.
Fora dos horários consagrados, eles podem, sem dúvida, comparecer, e eles comparecem mesmo de boa vontade quando o objetivo é útil; mas nada é mais nocivo às boas comunicações que chamá-los a torto e a direito, quando a fantasia nos arrebata, e sobretudo sem motivo sério; como não são obrigados a se submeter a nossos caprichos, eles bem poderiam não se incomodar, e é assim sobretudo que outros conseguem tomar seu lugar e seu nome.

  
Que tal a gente questionar isso que acabamos de ler?
Repito que a autoria é de Allan Kardec, o grande polêmico.

Uma das coisas que muito observamos na prática espírita é o excessivo rigor de alguns companheiros, com respeito a HORÁRIO.
  • - “Temos que ser rígidos, em relação ao horário, pois não podemos abrir mão da disciplina em nossa casa”.
  • - “Temos que ter horário pra começar e para terminar as nossas reuniões”.
  • - “A nossa mediúnica vai das 20 às 21 horas, impreterivelmente”.
  • - “Vamos encerrando, então, a nossa reunião de hoje, devido ao ADIANTAR DA HORA”.
Você, com certeza, já ouviu essas coisas diversas vezes e continua ouvindo, talvez, na casa espírita onde freqüenta.
Na cabeça de muita gente o apego ao relógio significa disciplina; a limitação e o estabelecimento do horário é o mais relevante na prática espírita.
Observemos este detalhe:
Allan Kardec nunca limitou os seus diálogos com os espíritos em apenas uma hora. Ele ficava sempre até altas horas conversando, com aquele prazer enorme do intercâmbio com os amigos espirituais.
Chico Xavier nunca limitou o tempo das suas mediúnicas, pelo contrário, tinha um prazer enorme em ficar a disposição dos espíritos até altas horas.
Quem foi que determinou essas limitações para o movimento espírita, que tanta gente faz questão de OBEDECER?
O pior de tudo é que é um tempo que, além de limitado, é destinado em maior parte a atender espíritos sofredores! Quem foi que inventou isso?
Entendemos que algumas pessoas tenham que sair impreterivelmente às 21 horas, porque alguns, inclusive, fazem questão de acompanhar a novela e não podem perder um capítulo sequer, mas... e as outras pessoas que podem ficar até mais tarde, conversando, trocando idéias e convivendo mais com os espíritos, por que não podem?
Gente, essa questão de O Livro dos Médiuns que eu coloco aí uma pérola de Allan Kardec, em cima desse espiritismo criado pelos espíritas.
Analisemos alguns trechos da matéria:

“Em todas, existem sempre Espíritos que se poderiam chamar de habituais, e nós não entendemos por essa denominação os Espíritos que se encontram por toda a parte e se misturam em tudo; são ou os Espíritos protetores, ou os que a gente interroga o mais freqüentemente.
Não se creia que tais Espíritos não tenham outra coisa para fazer além de nos escutar; eles têm suas ocupações e podem, de resto, encontrar-se em condições desfavoráveis para serem evocados.”

Não podemos crer que os espíritos não tenham o que fazer e que todos estão, necessariamente, à nossa disposição quando pretendemos evocá-los.
Só esta citação de EVOCAÇÃO já é uma forma para alguns qualificarem o autor desta matéria como polêmico, já que o movimento espírita proíbe a evocação e o fato de Allan Kardec ensinar, sugerir, recomendar e ter feito o tempo todo não tem a menor relevância.

“Quando as reuniões acontecem em dias e horários fixos, eles se dispõem de conformidade, e é raro que faltem. Existem mesmo os que exageram na pontualidade; eles se melindram com um quarto de hora de atraso, e, caso eles mesmos tenham assinalado o momento de uma reunião, a gente os chamará em vão alguns minutos mais cedo.”

Sabemos que alguns espíritos exigem cumprimento de horário e até se aborrecem quando isto não é observado. Tem espírito que fica tão danado, quando a sessão começa dois minutos depois, ou antes, que chega a não participar da reunião. Em outro momento, quando aparece, vem dando bronca, por causa disto.
Sinceramente, podemos considerar esse tipo de espírito verdadeiramente evoluído?
- “Ah, mas ele é o mentor da nossa casa, Alamar”.
Demita o mentor, então, pra ele deixar de ser besta e que ele vá procurar conhecer melhor o BOM SENSO do Espiritismo, se é que se dispõe a trabalhar como Mentor de centro espírita.
- “Alamar! Tu tá maluco? Onde já se viu demitir mentores de casas espíritas?”
O Espiritismo não tem avançado tanto, por causa da existência de tanto espírita besta que existe em nosso movimento.
Vejamos o que o próprio Kardec diz, na questão que coloquei acima:

“Acrescentemos, todavia, que, se bem que os Espíritos prefiram a regularidade, os que são verdadeiramente superiores não são meticulosos a tal ponto. A exigência de uma pontualidade rigorosa é um sinal de inferioridade, como tudo o que é pueril.”

É preciso eu dizer mais alguma coisa?
Prestem bem atenção no que Kardec diz: Significa sinal de INFERIORIDADE essa exigência de pontualidade rigorosa. Os espíritos VERDADEIRAMENTE SUPERIORES não se limitam a determinadas palhaçadas que há em nosso meio, porque eles têm BOM SENSO, pois, afinal de contas, são superiores.

Quem é que está certo, Allan Kardec ou os dirigentes da casa espírita onde você freqüenta? Quem deve ser a base de orientação?
Agora veja o que Kardec coloca mais a frente:

“Fora dos horários consagrados, eles podem, sem dúvida, comparecer, e eles comparecem mesmo de boa vontade quando o objetivo é útil; mas nada é mais nocivo às boas comunicações que chamá-los a torto e a direito, quando a fantasia nos arrebata, e sobretudo sem motivo sério; como não são obrigados a se submeter a nossos caprichos, eles bem poderiam não se incomodar, e é assim sobretudo que outros conseguem tomar seu lugar e seu nome.”

Veja só que coisa mais maravilhosa.
Nos seminários que tenho feito em várias localidades do nosso Brasil, com o título “Espiritismo com Espíritos”, tenho sugerido que as pessoas se disponham mais a colocar os espíritos dentro do Espiritismo, que realizem mais mediúnicas, que não fiquem limitadas as esses horários bobos, que conversem naturalmente com os espíritos, que parem com as manias dos tais“O silêncio é uma prece”, do falar baixo e dos ambientes de velório. Que conversem naturalmente, em tom de voz normal, podendo inclusive sorrir a vontade e até dar gargalhadas.
Aí aparece uma figura excessivamente formal do nosso movimento para argumentar que eu estou inventando coisa, que não pode ser desse jeito e que tudo tem que obedecer a tal “disciplina” de horário, que de disciplina não tem nada.
Taí o próprio Allan Kardec dizendo que os espíritos comparecem DE BOA VONTADE quando são convidados mesmo fora dos horários pré-estabelecidos.
É o Alamar que é o polêmico?

Vale a pena conhecer o Kardec Total

Com ele o espiritismo fica muito mais bonito, mais agradável e melhor em todos os sentidos.
          Abração.

                           Alamar Régis Carvalho
       Analista de Sistemas, Escritor e Antares DINASTIA

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