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sexta-feira, 26 de abril de 2013

mportância dos Exemplos-Sergito de Souza Cavalcanti.


IMPORTÂNCIA DOS EXEMPLOS
     Existe um ditado que diz: “As palavras convencem e os exemplos arrastam”. Os pais são referências para os filhos, por isso devem ter muito cuidado com o que falam e com o que fazem. É importante que aproximemos, ao máximo, o nosso discurso da nossa prática, pois nossos filhos estão sempre a nos observar. O exemplo é algo fundamental no aprendizado. Pais que fumam e bebem sempre terão muita dificuldade em exigir que os filhos não fumem e não bebam. A melhor mensagem será aquela baseada nos próprios exemplos. Um antigo ditado popular, muito sabiamente, vem nos alertar: “Não há ladainha que sobreviva a um bom exemplo.” Então, antes de sairmos buscando normas de conduta para os nossos pequenos, que tal observarmos melhor nossas atitudes?
     No periódico católico Êxodo, número 22, da Paróquia de São Silvestre, em Viçosa, Minas Gerais, encontramos essa interessante publicação intitulada “ Um bode expiatório”: “O senhor prefeito tinha um filho de 19 anos, inteligente, alegre, estudioso e com várias outras qualidades, e isso deixava o pai muito feliz. Um dia, esse pai foi chamado a um hospital porque seu único filho sofrera um grave acidente de carro. Lá chegando, foi informado de que ele havia falecido, porque, ao dirigir embriagado, havia batido em alta velocidade contra um poste.O pai, legitimamente revoltado, dizia chorando: “Eu quero saber quem foi esse miserável que vendeu bebida para meu filho! Ele era tão bom e tinha uma vida cheia de possibilidades pela frente! Esse assassino tem de morrer também! Eu mato esse cara”.
     Chegando em casa, desesperado, encontrou um bilhete: “Meu pai. Passei no vestibular e vou sair de carro para comemorar com os amigos. Como não tenho dinheiro, peguei uma de suas garrafas de uísque. Depois ponho outra no lugar.” O pai, abaladíssimo, ficou com um enorme problema de consciência pois, ao buscar  um “bode expiatório” para a tragédia ocorrida com seu filho, verificou que o suposto causador residia na intimidade do seu lar. Como sempre, em quase todas as tragédias nas quais nos envolvemos, a maioria é provocada por nossa própria incúria. O senhor prefeito desejava matar o culpado pela embriaguês e morte de seu adorado filho e verificou que com o seu mal exemplo de estocador de bebidas estimulou o desejo de seu descendente, que também, inadvertidamente, se esqueceu de que bebida não combina com velocidade automobilística. Muito comumente, assistimos a esse tipo de tragédia no seio de nossas famílias, pois os jovens de nossa sociedade ainda, infelizmente, não sabem comemorar as conquistas sem que seja por meio da comilança e da bebedeira.
     Os Espíritos Superiores, respondendo a Allan Kardec, na questão 685, de O Livro dos Espíritos, assim se pronunciaram: “...Os pais nunca deverão descuidar do elemento educação. Não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém, a educação moral pelos livros, e sim à que consiste na arte de formar caracteres, a que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto de hábitos adquiridos...”  Há, pois, enorme  diferença entre instrução e educação. Instrução refere-se ao intelecto e quase sempre é recebida na escola. Já a educação moral, a recebemos no aconchego de nosso lar.
O Evangelho é o grande código moral que todo pai espírita deve seguir para bem educar seus filhos. Em nosso lar, a melhor e mais segura orientação moral de nossa família será, inegavelmente, a Pedagogia do Evangelho.
     Entretanto, temos que convir que é impossível ensinar sem antes ter aprendido. É o educar-se para educar. Diferentemente de algumas correntes religiosas que têm caráter salvacionista, a Doutrina Espírita nos ensina e esclarece que somente acontecerá a evolução do homem pela educação do Espírito, portanto, a Doutrina Espírita tem caráter pedagógico. A educação do Espírito é, pois, o cerne da proposta espírita. Ser espírita é, na acepção plena da palavra, engajar-se num processo de auto-educação.

     Artigo de autoria de: Sergito de Souza Cavalcanti.

Sergito de Souza Cavalcanti é membro da Rede Amigo Espírita
Naturalidade: Belo Horizonte - MG
Profissão: Veterinário e Ex-professor da Escola de Veterinária da UFMG,
Espiritismo: Milita no movimento espírita mineiro desde 1970, quando se integrou ao Grupo Espírita Irmã Scheilla, sendo um de seus diretores e ex-conselheiro. Foi um dos fundadores do Grupo Espírita de Fraternidade ‘Albino Teixeira”, em Belo Horizonte da Fraternidade Espírita José Grosso de Córdoba (Espanha) e do Grupo Kardecista Fraternidade Eterna, da cidade de Inhaúma. Monitor de cursos de evangelho e expositor espírita. 
Instituição Espírita: Grupo Espírita de Fraternidade Albino Teixeira (Gefrater) e Grupo Kardecista Fraternidade Eterna de Inhaúma (Gefraterna)
Atuação: Dirigente de reunião pública, integrante de reunião mediúnica. Expositor e escritor espírita. Livros publicados: - Acalanto (Contos e crônicas), - Além das Estrelas (Estudo), - Emaús (Série Evangelho), - Essência de Nardo  (Contos e crônicas), - Fraternidade eterna (Contos e crônicas), - Getsêmani (Série Evangelho), - Salido (Infato-Juvenil), - Sândalo (Auto-ajuda)
- O sonho de Maíra (Infantil), - Rabboni (Série Evangelho), - Zequinha, o menino de rua (Infanto-Juvenil

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