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quinta-feira, 21 de março de 2013

AMIGOS NA FAMÍLIA



(CE - Nazareno - 11.07.2012 as 20 hs)


Amizade = sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou por atração sexual; entendimento, concordância, fraternidade; benevolência, bondade, afeto que liga as pessoas, reciprocidade de afeto, benevolência, amor (Michaelis e Aurélio). 

Amizade... esta é uma conquista que só se consolida com respeito e fraterno amor. 

Só um amigo de fato, é capaz de aceitar, com discernimento e compreensão e continuando a nos querer bem, os nossos defeitos e falhas, que são muitos e que nós mesmos só enxergamos em parte, e mesmo assim quando conseguimos ter isenção, e humildade bastante, para perceber e admitir os nossos erros e equívocos. 

"Só ele, o autêntico amigo, é capaz de discordar de nossa opinião e de nossa orientação, com absoluta sinceridade, se entendê-las equivocadas, apontando outros rumos e apresentando novos argumentos, com o objetivo exclusivo de ser útil e de nos auxiliar, verdadeira, fraternal e bondosamente."(1) 

"É ele, quem fica feliz quando alcançamos o bem-estar material, com trabalho, disciplina e esforço, e que será estendido à nossa família, assim como é ele quem vibra alegremente com o nosso progresso intelectual e, sobretudo, moral."(1) 

Sendo assim, podemos concluir que não são muitos os amigos verdadeiros, com os quais podemos contar nos momentos de dificuldade, seja de ansiedade, de angústia, de medo, de dor e de aflição. 

Mas tudo isso faz parte do processo evolutivo, a que todos estamos sujeitos, uma vez que o progresso é uma lei natural, e como toda lei natural, é perfeita e por isso mesmo imutável. 

O progresso do ser humano na escala evolutiva é lento e gradual, além do que precisamos considerar que vivemos na Terra, um planeta de provas e expiações, que ainda pertence a uma categoria inferior de Planeta, no qual ainda não se pode esperar perfeição, mas é o atingimento de um maior grau evolutivo de moral dos homens que o habitam que vai proporcionar a mudança para um mundo de Regeneração. 

Para isso, gradativamente precisamos eliminar o egoísmo que é a grande chaga da humanidade, geradora de todos os demais males, buscando o nosso auto-conhecimento para podermos realizar nossa reforma íntima. É preciso conhecer primeiro nossas próprias fraquezas e falhas para sabermos onde necessitamos melhorar... esta é uma simples questão de lógica. Porém já isso exige uma certa dose de humildade... tudo é perfeito nos desígnios do Criador. 

Considerando essas características e conceitos, talvez fiquemos de frente para a razão principal de serem tão raros os amigos verdadeiros. 

Entretanto, gostaríamos de enfatizar que, com a retirada do véu que encobria os conhecimentos humanos a cerca da vida e da morte, do bem e do mal, da verdade da reencarnação (além de outras) contidas na codificação de Kardec e ditada pelos Espíritos Superiores, o homem passou a saber que pode sempre contar com pelo menos três amigos, que não estão encarnados: 

- Em primeiro lugar, pode contar com Deus, nosso Pai, inteligência primária criadora de todas as coisas, soberanamente justo e bom: 

- Em segundo lugar, Jesus de Nazaré, o ser mais perfeito que já esteve encarnado na Terra, modelo e guia da humanidade, nosso mestre e amigo de todas as horas, que nos legou ensinamentos definitivos, revelando sobretudo que o amor é a lei maior da vida, razão pela qual sentenciou, que devemos amar ao próximo como a nós mesmos... E foi Ele, o Rabi da Galiléia, já naquela época, há quase 2.000 anos, quem deu a exata medida da importância e do extraordinário valor da amizade, ao dizer aos seus discípulos que: "Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai, vos tenho dado a conhecer" (Jo, 15:15). 

- Em terceiro lugar, o homem pode contar com o seu Espírito protetor, o seu anjo da guarda, pertencente a uma ordem elevada, cuja missão é a mesma de um pai em relação aos filhos, procurando guiar o seu protegido pelo caminho do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições e levantar-lhe o ânimo nas provas da vida (questão 491 de O Livro dos Espíritos). Ele vibra quando seu protegido toma decisões certas e lastima quando toma decisões erradas, mas tem de respeitar nosso livre arbítrio. Assim sendo, não fica difícil concluir que, ao contrário do que alguns pensam, nenhum ser humano está só! 

Ter amigo na família, portanto, é ter alguém dentro da família que possua as características reais de amigo (afeição, simpatia, estima, entendimento, concordância, fraternidade, etc.). 

Conforme ESE - Cap XIV - 8, "os laços de sangue não criam obrigatoriamente os vínculos entre os espíritos". Os que encarnam numa família, principalmente como parentes muito próximos, são, na maioria das vezes, espíritos simpáticos ligados por relações anteriores. 

Por isso a consanguinidade não define os laços de família, mas sim os laços de simpatia e de comunhão de idéias. Daí ser possível que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue, enquanto que dois irmãos de sangue podem se repelir mutuamente, como vemos tanto na vida. 

Daí a reencarnação ser uma necessidade para evolução do homem, pois fornece as condições necessárias para viverem juntos outras vezes e eliminarem a distância que existe entre eles. 

Por isso, as famílias constituídas por laços espirituais se perpetuam na vida espiritual, enquanto que as famílias constituídas por laços corporais podem se extinguir com o tempo, dissolvendo-se moralmente. 

Encerramento


Mas, para que a amizade no contexto da família exista de fato, é fundamental a educação que é dada pelos pais aos filhos.

A missão que está confiada aos pais consiste nisso, os cuidados e a educação que são dados aos filhos, vão auxiliar o aperfeiçoamento e o bem estar deles no futuro quando forem adultos e eles, por sua vez, terão os mesmos cuidados com os filhos deles, formando uma cadeia de seres humanos com acentuadas características que viabiliza seu sucesso de forma crescente, conforme é a vontade de Deus. 

Se por culpa dos pais o filho se atrasou nas conquistas morais, eles terão de conviver com o fato de vê-los muitas e muitas vezes no papel de espíritos sofredores, porque não cumpriram o dever de dar educação ao filho. 

Além de outros motivos, muitas vezes os pais solicitam a oportunidade de reencarnarem junto ao espírito do seu filho noutra ocasião, para cercá-lo de cuidados e assim reverter o processo, e auxiliá-los na sua evolução rumo a felicidade relativa. 

A tarefa de educar não é tão difícil quanto pode parecer. Ela não exige a sabedoria total. Por isso essa função pode ser executada pelo ignorante e pelo sábio. Além disso, o conhecimento do Espiritismo facilita muitíssimo essa necessidade, porque mostra a causa das imperfeições da alma humana e recomenda como evitá-las. 

Muitos pais desenvolvem nos filhos o orgulho e o egoísmo pelo exemplos que lhes dão (pais materialistas caracterizam bem isso)... mais tarde poderão colher como fruto a ingratidão do filho... conforme consta do Evange. Segundo o Espiritismo. 

Quando os pais fazem de tudo o que podem para o adiantamento moral do filho e não têm êxito, não devem se sentir culpados e podem manter tranquilas suas consciências quanto a isso... o esforço foi feito com boa vontade mas ainda está sendo mais presente na vida do filho, as suas más inclinações... o seu passado. A amargura dos pais é compreensível neste caso. 

Mas Deus reserva aos pais uma imensa consolação, que é a certeza de que haverá apenas um retardamento na evolução, que será alcançada em outra existência a obra que eles começaram. Devemos ter em mente que as provas rudes, são quase sempre indício de aperfeiçoamento e de fim de sofrimento do Espírito... quando elas terminam quando são aceitas com uma resignação inteligente... 

É preciso entender que não existem sofrimentos e desesperos eternos, saber que o aprendizado se dá naturalmente tanto com base no amor... como na dor. A justiça divina se encarrega disso. 

Tendo em visto o que expusemos, vemos claramente que os espíritos, nas suas reencarnações, se buscam uns aos outros para se agruparem formando, nessa união, famílias unidas pelos laços homogêneos da identidade moral que existe entre eles. 

Como os espíritos não devem trabalhar apenas para si, Deus permite que espíritos menos adiantados reencarnem em famílias, de forma a contribuir com os pais para que progridam, participando assim positivamente do processo evolutivo do seu filho, ainda que eles possam ser causa de perturbação na família, constituindo para os pais provas úteis e oportunidade de trabalho a desenvolver. 

Precisamos, portanto, auxiliar nossos filhos... e depois, no plano espiritual a família irá sentir-se feliz por ter salvo alguns náufragos que por sua vez podem ou poderão salvar outros... dando prosseguimento a fazer o bem pela vida eterna... em busca da felicidade relativa, tal como é intenção do nosso Pai. 

Saúde e Paz
Reinaldo Macedo
E-Mail: rei@naldo.com.br

Site: http://rei.naldo.com.br
FONTES CONSULTADAS:
1 - Aproveitamento de um pequeno trecho de um texto antigo que circulou na Internet via e-mails, o qual guardamos - Autor desconhecido
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo 
http://rei.naldo.com.br/

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