a partir de maio 2011

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O NATAL NA CODIFICAÇÃO ESPÍRITA

Alexandre Fontes da FonsecaBauru – SPa.f.fonseca@bol.com.br

O Natal é especial por muitas razões. Será que existe alguma menção ao Natal por parte dos Espíritos que trabalharam na codificação espírita?
 
Nas obras básicas, curiosamente, não encontramos a palavra Natal. Encontramos a palavra natal com “n” minúsculo, significando local de nascimento ou origem como na expressão “terra natal”. Porém, na Revista Espírita de Abril de 1863 encontramos a única menção ao Natal existente nas obras de Kardec que consiste de uma mensagem de São Luis intitulada “Festa de Natal”, que transcrevemos a seguir:
 
É a noite em que, no mundo cristão, se festeja a Natividade do Menino Jesus. Mas vós, meus irmãos, deveis também alegrar-vos e festejar o nascimento da nova doutrina espírita. Vê-la-eis crescer com a criança; ela virá, como ele, esclarecer os homens, e lhes mostrar o caminho que devem percorrer. Em breve, verei os reis, como os magos, vir também a esta doutrina pedir o socorro que não encontram nas ideias antigas. Não vos trarão incenso e mirra, mas prosternar-se-ão de coração ante as ideias novas do Espiritismo. Já não vedes brilhar a estrela que os deve guiar? Coragem, pois, meus irmãos. Coragem e em breve, com o mundo inteiro, podereis celebrar a grande festa da regeneração da humanidade.
 
Meus irmãos, durante muito tempo encerrastes no coração o germe desta doutrina. Eis, porém, que hoje, ele surge em plena luz com o apoio de um tutor solidamente plantado e que não deixará que verguem os galhos tenros. Com esse sustentáculo providencial, crescerá dia a dia e tornar-se-á a árvore da criação divina. Dessa árvore colhereis frutos dos quais não conservareis a exclusividade para vós, mas para os vossos irmãos que tiverem fome e sede da fé sagrada. Oh! então apresentai-lhes esse fruto e gritai-lhes do fundo do coração: “Vinde, vinde partilhar conosco o que alimenta o nosso espírito e alivia as nossas dores físicas e morais.”
 
Mas não esqueçais, meus irmãos, que Deus vos fez fermentar o primeiro germe; que esse germe cresceu e já se tornou uma árvore capaz de dar seu fruto. Resta-vos algo a utilizar: são os galhos que podereis transplantar. Mas, antes, vede se o terreno, ao qual confiais esse germe, não oculta sob sua camada aparente algum verme roedor, que poderia devorar aquilo que vos confiou o Mestre.” (Grifos em negrito, meus)
 
Percebemos das palavras de São Luis que ao mesmo tempo que podemos festejar o Natal representando a vinda de Jesus, também devemos festejar a chegada do Espiritismo que, como consolador prometido, nos ajuda a compreender, através da fé raciocinada, o propósito da encarnação do Mestre que foi nos ensinar: que o título mais meritório a ser conquistado pela criatura humana é o título de servidor; que a atividade mais rentável que alguém poderia imaginar é a caridade; e que o sentimento mais puro capaz de forjar os laços mais firmes e duradouros é o amor. Nisso, portanto, percebemos mais um aspecto do Natal que esperamos seja não somente lembrado mas também vivenciado por todos nós que tivemos a benção de servir na seara espírita.
 
Jornal Momento Espírita 36, p. 7 Dezembro 2012
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