a partir de maio 2011

sábado, 8 de dezembro de 2012

Maconha: o perigo presente!

por Ricardo Orestes Forni
“Estimulado pelo receio de enfrentar dificuldades, ou motivado pela curiosidade decorrente da falta de madureza emocional, inicia-se o homem no uso dos estimulantes – sempre de efeitos tóxicos -, a que se entrega, inerme, deixando-se arrastar desde então, vencido e desditoso.” – Joanna de Ângelis.
A triste ilusão de que a maconha seria uma droga inofensiva ou, pelo menos, bem mais inofensiva do que os tóxicos mais agressivos, tais como, cocaína, crack ou heroína, se desfaz com a evolução da ciência. A maconha agride o cérebro de maneira ainda mais intensa porque encontra nesse local mais receptores prontos a interagir com ela. Imitando a ação de compostos naturalmente fabricados pelo organismo, os endocanabinoides que atuam na comunicação entre os neurônios nas sinapses, a maconha interfere de maneira intensa nesses locais levando ao comprometimento sério das funções cerebrais, muito ao contrário do que a ideia divulgada de que ela seria mais benigna. Os danos às sinapses permanecem por muito mais tempo do que o álcool e a cocaína e, em muitos casos, aí se instalam para sempre, principalmente quando seu uso começou na adolescência. Se lembrarmos que os usuários dela, maconha, são em maior número na população mundial, podemos fazer uma ideia longínqua das consequências nefastas causadas pela “inocente” maconha.
Um conceituadíssimo psiquiatra e doutor em psicofarmacologia clínica pela Universidade de Londres entrevistado pela revista VEJA, edição 2293, de 31/10/2012, traz importantes revelações. Quanto à legalização da droga que levaria, segundo alguns, a redução do consumo, ele esclarece que é a minoria dos consumidores que são levados ao vício pelo fato dela ser proibida. Informa ainda esse estudioso que drogas, tais como, cocaína e crack são devastadoras porque podem matar a curto ou curtíssimo prazo. Entretanto, essas substâncias, passado o período de abstinência, permitem ao organismo se recompor quando interrompido seu uso. Já com a maconha é diferente. Por interagir nas sinapses como informamos acima, ela é capaz de causar psicoses definitivas, mesmo depois da sua utilização interrompida. Chega com aparência de boazinha, se instala e promove estragos muito maiores do que aquelas que já demonstram violência desde o seu início.
Como sempre, o autor dos desequilíbrios, encontra-se no ser imortal. Por isso, vamos recordar algumas lições de Joanna de Ângelis, contidas no livro Após A Tempestade, Editora LEAL, psicografia de Divaldo.
Mais preocupado com o corpo do que com o espírito, o homem moderno deixou-se engolfar pela comodidade e prazer, deparando, inesperadamente, o vazio interior que lhe resulta amarga decepção, após as secundárias conquistas externas. Não pequeno número, incapaz de prosseguir, apaga as luzes da glória mentirosa nas furnas imundas para onde foge: presídios, manicômios, sarjetas, ali expiando, alucinado, a leviandade que o mortificou...
Fixando-se nas estruturas mui sutis do perispírito, em processo vigoroso, os estupefacientes desagregam a personalidade, porquanto produzem na memória anterior a liberação do subconsciente que invade a consciência atual com as imagens torpes e deletérias das vidas pregressas, que a misericórdia da reencarnação faz jazer adormecidas...De incursão em incursão no conturbado mundo interior, desorganizam-se os comandos da consciência, arrojando o viciado nos lôbregos alçapões da loucura que os absorve, desarticulando os centros do equilíbrio, da saúde, da vontade, sem possibilidade reversiva, pela dependência que o próprio organismo físico e mental passa a sofrer, irreversivelmente...
A educação moral à luz do Evangelho sem disfarces nem distorções; a conscientização espiritual sem alardes; a liberdade e a orientação com bases na responsabilidade; as disciplinas morais desde cedo; a vigilância carinhosa dos pais e mestres cautelosos; a assistência social e médica em contribuição fraternal constituem antídotos eficazes para o aberrante problema dos tóxicos – autoflagelo que a Humanidade está sofrendo, por haver trocado os valores reais do amor e da verdade pelos comportamentos irrelevantes quão insensatos da frivolidade.
Liberar o uso da maconha sob o pretexto inverídico de que ela é menos agressiva e de que tal liberação deixaria essa droga desinteressante aos consumidores, será o mesmo que ter-se aprovado o aborto para o estupro, que se seguiu da aprovação do aborto dos fetos anencéfalos e que se seguirá de outros futuros motivos que a insensibilidade humana poderá reivindicar, na doce ilusão de legalizar tais atitudes aos olhos dos homens sem considerar de como ficará aos olhos de Deus!

http://www.oclarim.org/

Nenhum comentário:

Postar um comentário