a partir de maio 2011

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Drogas - Vicio que ultrapassa as fronteiras da vida terrena:


Estamos em pleno século XXI e como nos séculos passados  assistimos nossa juventude assediada pelos traficantes de drogas e pelos amigos já envolvidos com a dependência. Para entendermos melhor esse fenômeno temos de entender o que é vicio, e nesse tocante a Organização Mundial de Saúde (OMS) através do Código Internacional de Doenças (CID-10), preconiza que o vicio/dependência química é uma enfermidade incurável e progressiva, apesar de poder ser estacionada pela abstinência. Na CID.10 a dependência é definida como: “Um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após repetido consumo de uma substância psicoativa, tipicamente associado ao desejo poderoso de tomar a droga, à dificuldade de controlar o consumo, à utilização persistente apesar das suas consequências nefastas, a uma maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades e obrigações, a um aumento da tolerância pela droga e por vezes, a um estado de abstinência física. A síndrome de dependência pode dizer respeito a uma substância psicoativa específica (por exemplo, o fumo, o álcool ou o diazepam), a uma categoria de substâncias psicoativas (por exemplo, substâncias opiáceas) ou a um conjunto mais vasto de substâncias farmacologicamente diferentes.
Conforme a Organização Mundial de Saúde, droga é toda substância que, depois de ingerida, pode modificar uma ou mais funções do indivíduo. Desde o alvorecer das primeiras civilizações o homem já fazia uso das drogas, 3500 a.C. , os sumérios, na Mesopotâmia, são considerados o primeiro povo a usar ópio. O nome dado por eles à papoula pode ser traduzido como "flor do prazer”;
Mas foi a partir do século 16 que a droga passou a ser investimento, podemos, por exemplo, citar Américo Vespúcio na Europa  faz os primeiros relatos sobre o uso da coca. Com a conquista das Américas, os espanhóis passam a taxar as plantações; em 1884 o uso anestésico da cocaína é popularizado na Europa. Dois anos depois, John Pemberton lança nos EUA uma beberagem contendo xarope de cocaína e cafeína: a Coca-Cola. A cocaína só seria retirada da fórmula em 1901; na década de 80: Surge o Crack[1], a cocaína na forma de pedra. A droga, acessível às camadas mais pobres da população tem um alto poder de dependência.
O Crack age de forma veloz, após 12 (doze) segundos  chega ao cérebro do  usuário, sua ação é tão forte e “aparentemente” prazerosa, que o dependente entra em estado de “euforia”  de 5 a 15 minutos, porem quando acaba o efeito o usuário entra em depressão, e o único meio que ele encontra para sair desse estado  é consumindo uma nova pedra da droga.[2]
O espiritismo nos alerta de que quando intoxicamos o nosso corpo, destruindo-o com o uso de drogas, acabamos por afetar o nosso corpo espiritual (perispírito), corpo espiritual esse que será o molde energético do futuro corpo de carne em futura reencarnação,
“Espíritos enfermos, passamos pelo educandário da reencarnação, qual se o mundo, transfigurado em sábio anestesista, nos retivesse no lar para que o  tempo , à afeição de professor  devotado, de prova  em prova, efetue a cirurgia das lesões psíquicas de egoísmo e vaidade, viciações e intolerância que comprometem a alma”.[3]
Muitos viciados são pessoas dotadas de mediunidade, e passam a sofrer a atuação de entidades espirituais que se sintonizam com os seus pensamentos e se afinam em fazer com que se mantenham no vício e dificultam a sua recuperação, indicando a necessidade de um tratamento espiritual que deve ser feito paralelamente ao tratamento médico.
“Hábito vicioso, facilita a interferência de mentes desencarnadas também viciadas, que se ligam em intercâmbio obsessivo simples a caminho de dolorosas desarmonia [...].”[4]
Os jovens, em geral, que se iniciam no uso de substâncias tóxicas não dispõem de informações adequadas, sobre o assunto, às vezes na busca de um prazer ilusório e passageiro, ou via de regra, em busca de uma auto- afirmação dentro do grupo a que pertencem, acabam condicionadas ao vício, vítimas da dependência física e psicológica, que os levam, na grande maioria das vezes a cometer atos de extrema gravidade, contra si próprios, contra seus familiares e contra outrem, quando buscam arrancar recursos que lhes supra o vício.
A Doutrina Espírita, é um dos maiores preservativos contra males como os do vício, sobre esse prisma considerando que os vícios estão relacionados a distúrbios da alma, não se pode esperar que os mesmos sejam sanados em um curto período de tempo; há muitas pessoas que procuram o tratamento espiritual e esperam obter a cura imediata, como num abrir e fechar de olhos, como, que as fizesse voltar à normalidade em um passe de magica.
A educação espiritual vai de encontro às necessidades de esclarecimentos da alma, mostrando-lhe sua natureza e suas possibilidades de ascender a planos mais elevados de esclarecimento, mostrando que o tratamento espiritual do viciado está baseado no arrependimento e mudança de comportamento, tanto do espírito desencarnado quanto do encarnado.
"A educação moral à luz dos Evangelhos sem disfarces nem distorções, a conscientização espiritual sem alardes; a liberdade e orientação com bases na responsabilidade; as disciplinas morais desde cedo; a vigilância carinhosa dos pais e mestres cautelosos; a assistência social e médica em contribuição fraternal constitui antídotos eficazes para o aberrante problema dos tóxicos, auto-flagelo que a Humanidade está sofrendo, por haver trocado os valores reais do amor e da verdade pelos comportamentos irrelevantes quão insensatos da frivolidade".[5]


[1] “Crack”,  vem do inglês, significa “quebrar”, nome colocado devido  aos estalido gerados quando as pedras são queimadas.
[2] Fonte: “O Crack tem solução” – Anexa da revista Época nº 658. Dezembro/2010
[3] XAVIER, Francisco Cândido. Livro da Esperança. Pelo Espírito Emmanuel. Pág. 113. Ed. Uberaba, MG, Comunhão Espírita Cristã, 1973..
[4] FRANCO, Divaldo P. Nos Bastidores da Obsessão. Pelo espírito de Manoel Philomeno de Miranda, Cap. Examinando a Obsessão. p.13. Rio de Janeiro. Ed. FEB 1999.
[5] FRANCO, Divaldo P. Após a Tempestade, pelo Espírito Joanna de Ângelis. Cap. 8. Editora LEAL 1992.
http://www.centralespirita.com.br

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