a partir de maio 2011

domingo, 14 de outubro de 2012

A companheirada da teologia dogmática pôs viseiras na Bíblia

JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte, MG (Brasil)  

A companheirada da teologia dogmática fez como que um tsunami na Bíblia. Realmente, com as decisões dos concílios ecumênicos de Niceia (325), Constantinopla I (381), Éfeso (431), Calcedônia (451) e Constantinopla II (553), os teólogos viraram a Bíblia às avessas, com acréscimos nela, eliminação de textos e, principalmente, passaram a interpretá-la à sua moda, alterando o rumo do Cristianismo.
Os teólogos contrários a essas arbitrariedades foram tachados de hereges, perseguidos e até eliminados, como aconteceu com os gnósticos, pela ala ortodoxa do Cristianismo, que contou com o apoio do poder civil. Mas a verdade deve ser dita. Esse apoio, por um lado, foi bom, pois poderia ter acontecido o pior, isto é, a destruição do Cristianismo pelo paganismo. “Deus sabe tirar do mal o bem.”
Para a palavra geração na Bíblia, os teólogos deram apenas uma interpretação simples, isto é, aquela consanguínea comum, quando ela tem também o significado de reencarnação coletiva, e outros de acordo com a palavra grega que lhe corresponde. Assim “gennémata”: geração com o sentido de raça. “Geração (raça) de víboras...” (Mateus 3:7; e 12:34). “Genémata”, com apenas um ‘n’: geração de produto vegetal. “Não beberei da geração da videira até que...” (Lucas 22:18). “Genealogoúmenos”: geração de filhos. “Essa geração não é enumerada entre eles” (Hebreus 7:6). “Genétheis”: geração de Deus. “Quem é da geração de Deus...” (1 João 5:18).
Mas a palavra geração mais comum na Bíblia, e que tem também o significado de reencarnação coletiva de muitos Espíritos ao mesmo tempo, e que se repete, é “Geneá”: “A sua misericórdia se estende de geração em geração”. (Lucas 1:48-50). Vamos ver, com as citações de textos evangélicos, que Jesus condena a geração (reencarnação coletiva) incrédula de seu tempo, que, segundo Ele, é a mesma do Velho Testamento que vem derramando o sangue de inocentes e de profetas, desde Abel até Zacarias. Veremos também que essas duas gerações do passado e do tempo de Jesus (com os mesmos Espíritos) se levantarão (reencarnarão) juntamente com a Rainha do Sul (de Sabá) e os ninivitas, nos últimos dias do juízo final, os quais, reencarnados, condenarão as citadas duas gerações de assassinos do Velho Testamento e de incrédulos contemporâneos de Jesus, que são reencarnações das gerações assassinas do passado. “A rainha do Sul se levantará com os homens desta geração (contemporânea de Jesus, a mesma assassina do V. T.), e os condenará...” (Lucas 11:31; Mateus 12: 38-42). “Ninivitas se levantarão no juízo com esta geração, e a condenarão...” (Lucas 11:32).
Vejamos que o “castigo” virá sobre aquela geração incrédula do tempo de Jesus, que, como vimos, é a mesma do passado e a mesma do futuro que será julgada pela rainha do Sul e os ninivitas. “Por isso é que vos envio profetas sábios e escribas: a uns matareis... de tal forma que venha sobre vós todo o sangue justo que se derrama sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias... Em verdade vos digo que tudo isso virá sobre esta geração” (Mateus 23: 34-36). Essas questões se tornam ainda mais claras quando sabemos que descendentes não pagam pecados de antepassados. (Ezequiel 18:20).
Quem não enxergar nesses fatos bíblicos – a reencarnação – é mesmo porque não a quer ver. “E o pior cego é aquele que não quer ver”!

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